Evolução da Sociedade na Índia
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Olá amigos, e continuamos com o nosso conhecimento sobre a índia e agora vamos tentar perceber como que a sua história de conquista e reconquistas influenciou a sociedade Indiana ao longo dos séculos, acabando por se tornar no que é hoje em dia, um países, com muita influencia de varias civilizações e com varias religiões presentes.
O subcontinente indiano foi berço de uma das mais antigas civilizações do mundo desde o tempos mais remotos que o seu território constituiu um atraente habitat para a vida humana, sendo que os vestígios mais antigos de atividade humana na região remontam à idade da pedra. Por volta de 4000 a.C., depois da revolução neolítica na Mesopotâmia, os habitantes do extremo noroeste do subcontinente iniciaram a transição do estado nómada para o sedentária. No terceiro milénio viviam em aldeias e praticavam o culto aos animais.
Dedicavam-se a agricultura e criação de gado. Fabricavam diversos tipos de cerâmica e ferramentas de cobre e bronze. Após 500 anos mais tarde ocorreu uma grande mudança na civilização do rio Indo ou de Harappa. Cresceu durante mil anos, de 2500 a 1500 a.C., desaparecendo misteriosamente. Uma das primeiras civilizações do mundo, maior por sua extensão do que as do Egipto e da Suméria. Os povos da civilização de Harappa conheciam o cobre, o bronze, o ouro, a prata e o chumbo e realizavam trocas comercias com a Mesopotâmia.
A civilização védica (de Veda, o conhecimento sagrado) formou-se pela união dos arianos com os povos que viviam na planície indo-gangética. Os arianos depararam-se com uma civilização adiantada, homogénea e brilhante, com cidades e instituições estabelecidas, que dominavam pela força das suas armas superiores. Os invasores devastavam cidades e obras de arte, mas deixaram uma das colecções literárias mais extraordinárias do mundo, os Vedas, textos sagrados escritos em sânscrito, ao longo dos séculos, e divididos em quatro livros básicos, Rigveda, Yajurveda, Samaveda e Atharvaveda, e complementados por compilações de comentários: Brahmanas, Aranyakas e Upanishads.
Com o tempo as crenças não arianas foram sendo incluídas nos sistemas religiosos e estabeleceram uma divisão social em castas, que exerceu influência determinante no futuro do desenvolvimento da Índia. Com o passar dos séculos, as quatro castas básicas subdividiram-se em milhares de outras. Ao longo dos séculos VI e V a.C., os principados converteram-se em monarquias e o comércio prosperou.
Gautama Buda e Vardhamana Jnatriputra Mahavira, fundadores do budismo e do jainismo, foram as principais figuras nesta época. Ao longo do milênio seguinte, o jainismo e o budismo difundiram-se em grande escala. As artes e o pensamento alcançaram o seu esplendor, e a sociedade hierarquizou-se cada vez mais com a criação de milhares de castas, ao nível inferior extremo ficavam os párias, ou intocáveis. Esta civilização um tanto ao quanto complexa estendeu-se, nos impérios Mauria, de 321 a 185 a.C., e Gupta, de 320 a 540 da era cristã, até o Nepal, Himalaia, Tibet, Sião (atual Tailândia), Indonésia, Sri Lanka. Sob o domínio de Ciro o Grande e Dario I, os Persas anexaram a região do Indo.
Em 326 a.C., Alexandre o Grande dirigiu uma expedição onde acabou ocupou o Punjab e o Sind e anexou diversos reinos hindus ao seu império, mas Candragupta Mauria, fundador do império Mauria, expulsou os gregos e tornou-se senhor de Mágada. O seu filho Bindusara e seu neto Açoka, o "rei monge", ampliaram e consolidaram o império, que se estendeu por toda a Índia. Açoka, o mais famoso dos imperadores indianos, foi budista. A história de seu reinado consta da literatura sânscrita e está gravada em rochas e pilares espalhados por momumentos. Com sua morte, o império entrou em desintegração, e em 185 a.C. o comandante-chefe das forças armadas, Pusyamitra Sunga, assassinou o último imperador mauria e fundou a dinastia Sunga. Com queda do império Mauria seguiram-se diversas invasões estrangeiras.
No início do século II a.C. chegou Demétrio II, do reino grego de Bactria, sucedido por Menandro. A reação local confinou a presença grega ao Punjab. Com a morte de Menandro, o maior dos reis indo-gregos, o poderio helênico enfraqueceu-se e caiu sob os ataques dos citas, originários da Ásia central. Os citas associaram-se aos partas e mais tarde acabaram por se submeterem a eles. O mais famoso soberano parta, Gondofares, reinou de 19 a 45 da era cristã. Citas e partos foram derrotados pelos kushans, provenientes da Ásia central e os mais poderosos invasores da época. Seu principal soberano foi Kanishka, fundador da segunda dinastia, que viveu no século I da era cristã e difundiu a doutrina budista pelo continente asiático. Seguiu-se um período obscuro da história política do país, em que as dinastias locais tiveram que combater a ocupação estrangeira.
O império indiano ressurgiu com a fundação da dinastia Gupta por Candragupta I no ano de 320. Seu filho e sucessor Samudragupta, que reinou de 330 a 380, ampliou e consolidou o império, que conheceu seu apogeu sob Candragupta II. Seu reinado marcou a idade de ouro da literatura sânscrita. O império Gupta terminou no final do século V, fim determinado pela invasão dos hunos brancos, que conquistaram a maior parte do país.
A dissolução do império Gupta, considerado o período da Índia clássica, conduziu à idade média indiana, na qual o país dividiu-se em centenas de estados independentes. Essa época, que se prolongou até o século XIII, caracterizou-se pelo triunfo dos guerreiros e o declínio dos comerciantes e pela perseguição aos fiéis do jainismo e do budismo. Os brâmanes recuperaram sua antiga autoridade religiosa e impuseram o hinduísmo que se formara com o tempo a partir de elementos védicos e pós-védicos, não arianos e por uma multiplicidade de cultos, práticas particulares de pureza, não-violência e vegetarianismo, tomados do jainismo e do budismo.
O hinduísmo culminou na coexistência de três deuses: Brahma, o criador do mundo, Vishnu, o conservador, e Shiva, o destruidor. Mais que uma religião, o hinduísmo é uma ordem social e, sobretudo, o fundamento da civilização indiana, a tal ponto que conserva sua vitalidade na Índia contemporânea. O islamismo entrou no país a partir da conquista de Sind, no século VI, e da fundação posterior de colónias mercantis na costa de Malabar, mas não conseguiu o dominar o subcontinente.
Espero que tenham aprendido mais sobre este país multi-cultural e compreendido como ficou devida a sociedade Indiana com o passar dos anos.
E é tudo por agora PECEA
4 comentários
eu conhecia um pouco sobre a historia da india, por causa de uma novela da globo. Acho a cultura deles incríveis, só não curto muito o preconceito que tem com os intocáveis
ResponderEliminarCom carinho, Renata Prado | Entre Zombies e Unicórnios |
Neste tipo de culturas aqueles que estão no fundo da cadeia serão sempre postos de parte, por serem aqueles que supostamente não foram abençoados com fartura :/
EliminarBeijinhos <3
Gostei imenso de saber uma pouco mais sobre a Índia! Não sabia que se falavam tantas línguas por lá!
ResponderEliminarTHE PINK ELEPHANT SHOE // facebook // instagram //
É um país por ter muitas povoações, quanto mais longe das grandes cidades mais diversidade linguística é encontrada :)
EliminarBeijinhos<3