O Mundo de Teva - Capitulo II - 3º Parte
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Capitulo II
Arya estava já alguns dias viajando de carruagem e durante a viajem lembrou-se que Jeod tinha algo para lhe dizer e que acabara por não o fazer, ficou curiosa e pensativa sobre o que seria, após uma semana de viajem chegou finalmente a Elderine, foi se encontrar com Cypion para que lhe pudesse fornecer um mapa das redondezas e habitação.
- Minha Deusa, se me permite,
queria lhe sugerir que se junte com um mestre e que se faça passar por uma
aprendiz para poder se misturar mais facilmente com a população e ir em missões
com os restantes aprendizes.
- Concordo, acho uma ideia
brilhante, mas quem seria indicado para ser meu mestre?
- Tenho a pessoa ideal, tenho uma
sobrinha, muito dotada na área da magia, a uns anos adoptou uma pequena elf que
perdera os pais numa das invasões à cidade, tem-na treinado desde então, se não
se importar de ficar com ela, é uma pessoa muito simples, vive numa casa
modesta, mas sentir-se-a em casa.
- Então mandem-na chamar para
poder-mos pô-la a par da situação.
- É para já minha Deusa.
A meio da noite um guarda bateu a porta da casa de Kiara com um recado urgente, para que se dirigisse com urgência a casa de seu tio.
- Angel, vou ter que sair com
urgência o chefe da cidade mandou-me chamar, enquanto estiver fora, não
comentas loucuras, espero quando eu chegar a casa ela ainda esteja inteira.
- Sim vai lá, eu fica aqui a dormir
– disse entre bocejos.
Despediu-se com um beijo de Angel
saiu apressadamente com o guarda que tinha vindo entregar o recado. Ao chegar a
casa de seu tio deparou-se com vários guardas que tiveram que a revistar antes
de poder entrar dentro de casa, ao chegar a sala onde se encontravam reunidos
viu que o seu tio estava acompanho por uma rapariga que lhe era familiar.
- Sobrinha, desculpa ter te
incomodado a estas horas, mas a algo que temos que falar contigo e espero da tua parte,total colaboração.
- Meu tio, sabe que pode sempre
contar com a minha ajuda, diga do que se trata, sabe que não posso deixar a
Angel muito tempo sozinha, porque mesmo a dormir metesse em problemas.
- Essa menina não muda, tem bom
coração, ensinaste-a bem – disse Cypion abraçando a sobrinha com orgulho. – Mas
o assunto que te traz aqui é serio e de grande responsabilidade. A nossa Deusa
Arya encontra-se numa busca, numa missão secreta que só a ela e aos Deuses diz
respeito, queria pedir-te se podias acolhe-la como tua aprendiz, ensinando-a
sobre os nossos costumes e as artes da magia dos elfs.
- Tio pode contar comigo, mas
quando é que a Lady Arya chega?
- Já chegou, esta aqui sentada a
minha frente.
Kiara meia atrapalhada faz uma
vénia perante a deusa.
- Levanta-te, não precisas de te
ajoelhar, afinal agora serás a minha mestra, eu é que te devo vassalagem agora.
- Disse com um sorriso doce nos lábios
As horas passaram e Cypion e Arya
foram informando Kiara de alguns dos detalhes da missão e os motivos que a
levaram a fazer esta viagem.
Angel acordou e viu que a sua
mestra ainda não tinha chegado a casa, aventurou-se a fazer o pequeno-almoço e
de repente puff, uma pequena explosão, kiara que ouvira a explosão foi a correr
para casa, a ver o que Angel tinha tramado desta vez.
- Angel o que foi que aconteceu?
Esta tudo bem?
Com a cara toda preta provocada
pelo fumo virasse o responde:
- Sim está tudo bem, o que tinha na
máquina do café é que fez puff.
- Angel, Angel se não existisses
tinhas que ser inventada, és mesmo uma desastrada – disse rindo ao ver o estado
da sua menina – tenho que te apresentar uma pessoa que vai viver aqui e vai ter aulas juntamente contigo, esta é a Arya.
- Bem-vinda Arya, tens o mesmo nome
que a Deusa do amor, será que não podes falar com ela para arranjar um marido
para a mestra é que ela já não vai para nova, já ta a ficar… tu sabes… vel…
- Angel já pró quarto tomar banho,
não queiras te habilitar a aumentar o teu castigo. – Angel esfumou-se para o
banho, para não aumentar o terrível castigo que recebera – Desculpe minha Lady,
mas a Angel é assim mesmo, nunca se sabe o que vai acontecer a seguir, ela é
uma boa menina mas é um pouco desastrada.
- Trata-me só por Arya, estou a ver
que aqui não há tempo morto, parecem ser muito animados.
- Nem imagina, não há pessoa que
viva em Elderine que não conheça a Angel, cada um tem uma história engraçada
para contar, espero que se dêem bem e que se tornem amigas
durante o período que estiver aqui.
- Assim será, mas ela não poderá
saber quem eu sou, se não poderia colocar em risco a minha missão.
- Descanse, ela não saberá.
- Já estou pronta mestra. O
pequeno-almoço já esta pronto? Estou com uma fome de trigre.
Fez-se silêncio por meros segundos.
- Interrompi alguma coisa? -
Perguntou com um ar de espanto ao ver aquele silêncio súbito.
- É tigre que se diz e não trigre,
senta-te que já faço algo para vocês. - Respondeu Kiara.
- Então Arya de onde vens? Porque
vens aprender com a Mestra Kiara? Que idade tens? És humana? Vens aprender
magia?
- Tem calma Angel, uma pergunta de cada
vez, se não ainda assustas a nossa nova hóspede.
- Não faz mal, não me importo de
responder, como sabes chamo-me Arya venho de Uruga e ouvi dizer que a Mestre
Kiara era uma das melhores a ensinar magia, eu sou uma mistura de humano e elf,
tenho a aparência de humano e a longevidade de um elf, tenho mais ou menos uns
90 anos. – Respondeu amavelmente Arya as curiosidades de Angel.
- Vamos ser muito amigas, como
irmãs, sabes, eu não tenho pais, eles morreram poucos dias depois de eu nascer
e a mestre Kiara criou-me desde bebé é como uma mãe para mim.
- Como que os teus pais morreram?
- Foi numa batalha contra as tropas
de Shruikan, a mestre Kiara também entrou nessa batalha, ela sobreviveu e
prometeu à minha mãe que iria cuidar de mim, segundo ela os meus pais morreram
nas mãos de Shruikan e os seus corpos serviram de alimento aos seus soldados.
“Por Legel pobre criança, como ela
consegue falar disto de forma, tão… tão calma” pensou Arya, ao ouvir o que
Angel ia contando sobre o que acontecera aos pais, aos poucos ia lhe cortando a
respiração e não percebera onde Shruikan teria ido buscar tanta maldade.
- Após o pequeno-almoço preparem-se
para irem treinar.
O pequeno-almoço foi tomado em
silêncio, após aquela conversa não havia forma de como iniciar outro tema.
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